E quando, outra vez, elas descobrem a gente presa da angústia de querer contar o inconfessável, psicografando junto o séquito de andarilhos, de longe, observam os desavisados e trazem sons do inesperado ao texto.
Outro dia, Ceci me falou que, recentemente, ouviram profundo estrondo nas imediações do litoral norte da Bahia, quando identificaram naquilo a queda de um meteoro de maiores proporções. A notícia gerou empenhos dos estudiosos em localizar os pedaços do corpo celeste, disso pedindo à população que tragam às pesquisas tais pedras de corisco que recolheram. Eis dos tais sons do inesperado em que falei. Quantas e tantas ocasiões correm nos céus as estrelas cadentes, riscos de luz desses corpos que penetram a atmosfera da Terra e incendeiam nos fachos luminosos. Deles veem-se os claros, no entanto há dias em que deles também se ouvem o estrondo ao tocarem o solo das proximidades dos núcleos humanos.
Isso lembra os sons das palavras quando invadem o silêncio em volta e chegam ao coração, no instinto de serem transmitidas uns aos outros, pela escrita, no discurso de papel. Algumas viram coriscos e chamegam o território íntimo de quem escreve e adiante dos que leiam.
Beleza de texto! Simples, direto, objetivo. Muito bom, desta vez alcancei de primeira rsrs! Bom dia!!!!
ResponderExcluirHoje osom que escuto é meu coração sentindo saudade de alguém que não me escuta.
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