Mas há quem fale diferente, que chegue mais à frente e veja distante, lá depois das montanhas que molduram a vista. Revelam certezas maiores do que todas as dúvidas. Acalmaram em si o jeito com que descrevem as práticas do que é bom, amar as coisas e criaturas, perdoar, acalmar os temporais, alimentar alegres sonhos de paz e aceitar o firmamento. Descrevem territórios luminosos, recantos aprazíveis, belezas mil, apenas mergulhando nas planuras da Consciência e penetrando as cores e maravilhas jamais até então imaginadas pelos mergulhadores da imaginação delirante que antes foram. Dizem haver, nos refolhos da alma da gente, o alimento que satisfará a fome dos gigantes e a sede dos desertos.
Lugares quiçá inatingíveis, fossem noutros universos inexistentes, que habitam o solo fértil das criaturas, de nós mesmos vem a forma de altares de oferendas aos deuses do coração, a que chegar por meio da Verdade aceita. Dotados das melhores alternativas dos elencos e das cortes, dispõem os voluntários da coragem no véu da Eternidade, enquanto agora. Logo hoje. Sempre terno poema de graças e felicidade, são os valores do Bem, das aspirações dos santos, avisos dos profetas, doutrinas dos místicos, criação do Divino, aqui no íntimo chão-oceano da pessoa humana que ora lê, pensa, e quer.
(Ilustração: Nicholas Roerich).
Busca momentos especiais, de emoções, de afeto, de atenção, sentimentos normais inerentes ao seu humano. Algumas vezes buscamos refúgio na fé,no lado espiritual, mas que nem sempre preenche o vazio deixado pelas expectativas e sonhos que projetamos para nossa vida. Buscamos refúgio também na leitura, na oração, no lazer, mas estamos sempre incompletos falta-nos o que é mais importante o existir para nós mesmos ou para alguém em quem queremos bem. É uma eterna busca e até certo ponto acho normal.
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