Mas achou por bem de suportar na casa a presença do inesperado ser. Haveria de superar a visita e seus modos, sempre em favor da instituição doméstica. E o tempo foi deslizando no correr dos dias, nas linhas das horas intermitentes, meses, levando a novo acontecido.
O bicho ainda pequeno lá numa incerta ocasião acharia de se meter em um buraco de outros insetos no encontro de uma parede do lado sul da casa e nele permanecer algum tempo, sem mais, nem menos. Sumiu desaparecido dentro do furo qual houvesse terminado de tudo o drama. Que durou outro tempo, talvez longo, talvez breve, no juízo de velocidade da testemunha que acomodava os sucessivos inesperados.
Ora só o que viria ocorrer. Daquele buraco, aonde penetrara o filhote de jacaré aparentemente inofensivo pela idade, sairia já no formato de espécie maior da mesma família dos dinossauros, mas noutras e maiores proporções, esse de pele enegrecida, consistente qual o casco dos bichos do passado geológico dos antigos predadores, e com aparência agressiva de apreciador de carne sangrada, de gente que fosse e achasse pela frente.
Ele, que acompanhara tudo a partir do nascedouro da primeira visão, notou a gravidade dos sucedidos, presenciou em si o risco da sobrevivência em xeque, e somou as peças do enigma. Deveria sobreviver, sim, no intuito primeiro maior de cumprir a missão lhe destinada. Fugiria na primeira nave que lhe viesse recolher face ao desencanto das populações em volta de fogueiras acesas nas noites frias do estio da Terra.
Ah, eu bem que gostaria de entrar nessa nave e partir sem data para retornar, mas claro, levaria comigo alguém que quero muito bem. Ah, como é como é bom sonhar...
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