Estudiosos afirmam que nos sonhos concretizamos, na psiquê, aquilo que gostaríamos de fazê-lo no decorrer da existência física. Platonizamos os ideais através da experiência onírica. E considerando bem, quanta habilidade em ser dessa maneira. Quanta perfeição da Natureza. Pois sonhar o que atende aos nossos melhores desejos acalma, cria objetivos, aumenta o gosto de viver e esperar dias felizes se ainda não os tivermos. Meio de extrema sabedoria sonhar a plenitude dos momentos que queremos ver e sentir acontecer.
Mesmo porque o essencial vale nas emoções, e os sonhos produzem emoções. Neles penetramos o mundo abstrato, intangível, matéria prima das percepções da alma, setor, aliás, de satisfações superiores aos instintos. Seriam o equivalente ao prazer da música, do olfato, dos sentimentos. Pelos sonhos portas abrem ao território da imaginação mais fértil. Trazem aos universos espirituais de que trata a metafísica, áreas de luz, vibração, ondas magnéticas.
O amor significaria o fruto principal desses níveis de compreensão e sentimento, ponto máximo da percepção humana que nos sonhos a gente pode sentir de jeito salutar. Quantos místicos revelam ditas emoções, contam de padrões superiores que obtêm por meio das meditações, até do sofrimento, do sacrifício da carne, das visões, da renúncia dos prazeres físicos. A entrega ao serviço do próximo, à dedicação das missões redentoras, ao desapego. Que noutras situações isto também pode demonstrar, nos graus da emocionalidade exacerbada dos gênios, dos heróis, das mães, dos enfermos. Sonhos, a realidade na origem de tudo, bem no mais íntimo do Ser, na casa da Consciência, o foco principal da realização subjetiva.
(Ilustração: Nicholas Roerich).
Muito oportuno o sonho e a realidade. É no sonho que encontramos o calor das nossas emoções físicas, carnais, avassaladoras dos nossis desejos contidos, guardados, escondidos até, protegidos pelo senso da razao, mas que no sonho tudo pode, tudo comporta. Enquanto sonhamos estravasamos os nossos sentimentos e devaneios que acordados não temos coragem se quer de abordar. Ah como é bom sonhar...
ResponderExcluir