Enquanto olha um no outro, livres de instintos só de licenciosidade, os que se amam usufruem da pureza original do amor verdadeiro. Porém entregues aos espasmos do apego apenas físico estão sujeitos aos acidentes de ordem bruta, isto é, acontecimentos imprevisíveis do percurso dos objetos em choque, e não de seres inteligentes vivendo na Criação.
O segredo que rege tais laços exige, por isso, disciplina austera, no fim de oferecer resultados ansiados da felicidade. Houvesse unicamente o instinto, a calma dos corações representaria visões ilusórias, invés de crescimento espiritual.
Nisso João Batista desenvolveu a missão de convocar as criaturas humanas ao sentido puro que lhes espera depois da aplicação dos valores eternos face dos relacionamentos da matéria, do apego entre os sexos sob o prisma do amor eterno. Dedicou a firmeza que acompanhou seus passos a chamar as pessoas no objetivo de erguer a visão aos níveis superiores, ainda que vulneráveis aos acidentes do percurso no crescimento das gerações, nos leitos da sexualidade. Deu tanto de si o santo que clamou no deserto, a ponto de perecer vitimado pelos conceitos que pregou, quando feriu os interesses do Rei que ordenou o executassem, deixando aqui o ensino da fidelidade qual verdade principal dos que se amam e conduzem a família na história das raças.
Ao decidir entregar o sentimento ao que considera eleito do coração o indivíduo dá um passo principal no caminho da seriedade, ainda que passível de erro da condição humana. Contudo o mínimo senso de respeito a quem merecer a escolha requer atenção e grandeza, porquanto a força maior a tudo determina e torna sagrado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário