Von Leutzelburg viera a primeira vez ao Brasil em janeiro de 1910, no sentido de estudar a flora nacional, quando, no Rio de Janeiro, providenciou coleta de material botânico mandado a Munique, na Alemanha. À época, trabalhou no Museu Nacional durante alguns meses e, logo adiante, ensinou Botânica e Fisiologia na Escola Agrícola de São Bento das Lages, na Bahia.
Em 1911, através da influência do engenheiro Miguel Arrojado Ribeiro Lisboa, que conhecera em viagem marítima, seria nomeado botânico da Inspectoria de Obras Contra as Seccas; e daí seguiu viajando pelo território brasileiro até o ano de 1921.
Retornou ao seu país por pouco tempo, regressando ao Brasil. Em 1917, pertencia aos quadros do Serviço de Inspeção de Fronteiras, órgão dirigido pelo general Cândido Mariano da Silva Rondon, percorrendo diversos estados da federação.
Nos anos de 1933 – 1937, já de volta à sua repartição de origem, ficou a maior parte do tempo no Crato (Ceará) e em São Gonçalo (Paraíba), desenvolvendo importantes pesquisas na serra do Araripe e arredores, bem como no Instituto José Augusto Trindade, escreve Melquíades Pinto Paiva no livro citado acima.
Em 16 de setembro de 1936, Leutzelburg contrairia núpcias com Marianne Naessl, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1938, voltaria à Alemanha, segundo afirmara, vistas necessidades na saúde da esposa. Iria trabalhar em instituição (Ahnenerbe) que lhe daria meios de escrever uma história das pesquisas que desenvolvera no Brasil, enquanto redigiria propaganda nazista em português, para programas de rádio destinados aos ouvintes brasileiros.
Depois de terminada a Segunda Grande Guerra, foi morar na Alta Baviera, amargurado face à derrota alemã e à perda dos originais da obra em que investira toda a vida, os estudos que viera realizar em terras brasileiras. Philipp Von Leutzelburg morreria no ostracismo em 01 de julho de 1948, seis anos antes da companheira, que faleceria em 28 de setembro de 1954.
(Foto: Jackson Bola Bantim).
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