quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Genialidade natural

Numa fábrica de creme dental surgira problema que exigia providências dos engenheiros. Já na finalização da linha de montagem, às vezes a máquina que, na esteira, liberava as bisnagas nas caixas deixava cair alguns produtos vazios, os quais, em seguida, eram embalados como estivessem regulares. Com isso, caixas terminavam fechadas sem os conteúdos completos. As embalagens deslizam e confundiam os técnicos, chegavam ao comércio e causavam sucessivas reclamações.

Algumas medidas foram tomadas, no entanto insuficientes de resolver o problema, o que preocupava também os funcionários da fábrica. 

No decorrer dessas discussões de trabalho, um auxiliar de serviços gerais que observava a movimentação aproximou dos responsáveis e quis saber:


- Doutor, que acha o senhor se colocar ventilador ligado no caminho das caixas? Pois as que estiverem vazias irão voar antes de cair nas embalagens.

Os engenheiros avaliaram e aprovaram
a ideia nascida da cabeça do modesto funcionário, no entanto dotado de inteligência espontânea e útil.

...

Ao transitar em rua afastada, motorista enfrentava um prego de pneu, dos mais comuns depois da ausência de combustível, nesse mundo de quatros rodas onde vivemos hoje. Parou perto dos muros de hospital psiquiátrico e cuidou de substituir a roda defeituosa. 

Enquanto retirava o pneu baixo, largara a calota do automóvel e os parafusos, expostos o leito da via. Outro carro veio em velocidade e os jogou longe, fora da chance de descobrir o paradeiro a meio da pouca iluminação do começa de noite. Como fixaria no lugar o pneu cheio que acabava de busca na reserva?!

Próximo, no alto do muro da instituição médica, interno observava a cena. Diante da aflição demonstrada pelo motorista naquela cena, chamou sua atenção e perguntou:

- Por que o senhor não pega um parafuso de cada pneu e com eles bota esse pneu no lugar?

Nisso, o motorista avaliou estudo a opinião e logo agiu de acordo com ela. Tudo certo. Antes ainda de seguir viagem, quis agradecer o homem pela ideia benfazeja, e considerou:

- Mas o senhor, sendo doido, como teve pensamento tão sabido?

- Ah, eu sou é doido, sim. Burro, não sou não – sorrindo, respondeu o paciente.

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