Naquela hora, Jesus solicitou uma das moedas que circulavam à época. Em uma das faces estava inscrito o valor, semelhante às atuais. No outro, a efígie de César Augusto, o imperador dos romanos, que dominava a Palestina.
Sem titubear, o Mestre divino considerou:
- Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
Transcorridos milênios, persiste a dúvida dos homens no trato com as referências na fronteira entre matéria e imortalidade. Contradições sujeitam dominar este mundo por força do dinheiro, instrumento próprio aos negócios com os bens materiais, enquanto o essencial da humanidade corre o risco de ficar relegado aos planos secundários.
No episódio, máxima moral inigualável, estabelece o padrão diante dos tempos vindouros, na jurisprudência exata de como tratar os aspectos circunstanciais da vida dos objetos durante a carne.
Passadas gerações, e o aprendizado sublime das verdades eternas ainda reclama atenção, sobretudo de responsáveis pelo manuseio das posses, esquecidos eles da utilidade providencial da riqueza.
O que pertencer aos césares, isto é, o poder temporal, face perecível da existência, consiste nos direitos das coletividades, jamais de um só ou de alguns poucos a superar outros, nos grupos sociais, e alimentar vaidades frágeis.
Há longos invernos a seguir, motivo de aprendizados e práticas.
Já os bens eternos das certezas maiores esses moram no íntimo dos corações, em promessa definitiva da Imortalidade.
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