sábado, 11 de janeiro de 2014

O episódio da moeda

Sempre, Jesus ensina. Os tantos momentos que permaneceram guardados nos quatro evangelhos mais consagrados são preenchidos de lições úteis às caminhadas deste chão. Livros suficientes de transformação, trazem notas apreciáveis tipo a que contarei, de quando, fustigado pelos escribas e fariseus, os quais andaram na sua cola à procura de pegá-lo em contradição, um dia, lhe questionaram a propósito da licitude no pagamento dos impostos. 

Naquela hora, Jesus solicitou uma das moedas que circulavam à época. Em uma das faces estava inscrito o valor, semelhante às atuais. No outro, a efígie de César Augusto, o imperador dos romanos, que dominava a Palestina. 


Sem titubear, o Mestre divino considerou:

- Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

Transcorridos milênios, persiste a dúvida dos homens no trato com as referências na fronteira entre matéria e imortalidade. Contradições sujeitam dominar este mundo por força do dinheiro, instrumento próprio aos negócios com os bens materiais, enquanto o essencial da humanidade corre o risco de ficar relegado aos planos secundários.

No episódio, máxima moral inigualável, estabelece o padrão diante dos tempos vindouros, na jurisprudência exata de como tratar os aspectos circunstanciais da vida dos objetos durante a carne. 

Passadas gerações, e o aprendizado sublime das verdades eternas ainda reclama atenção, sobretudo de responsáveis pelo manuseio das posses, esquecidos eles da utilidade providencial da riqueza. 

O que pertencer aos césares, isto é, o poder temporal, face perecível da existência, consiste nos direitos das coletividades, jamais de um só ou de alguns poucos a superar outros, nos grupos sociais, e alimentar vaidades frágeis. 

Há longos invernos a seguir, motivo de aprendizados e práticas.

Já os bens eternos das certezas maiores esses moram no íntimo dos corações, em promessa definitiva da Imortalidade.    
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário