domingo, 26 de janeiro de 2014

Acalmar o coração

Essa vontade imensa de encontrar a paz há de mover o mundo, ainda que existam tamanhas amarguras nos motivos de tantos. Desejo enorme quer transformar a face dos dias, na sucessão de todo momento, porquanto ninguém, de consciência sadia, quer viver eterno sofrimento. Certos dos sintomas que ferem e marcam, fugir através da fornalha dos elementos externos só acrescentaria mais dor, o que range as paredes do ego em demolição permanente. Mas o impossível sobrevive na casa do Ser Absoluto.

Lá no olho do furacão mora a paz, conceito clássico dos chineses. No íntimo da crua realidade há paz. Tais instrumentos permitem construir o mapa da busca, e somos nós os conquistadores do território virgem do bem maior chamado felicidade, pouso seguro de quem anseia descobrir, debaixo das folhas secas da experiência, o filão inesgotável da perene tranquilidade.

Todo passo humano, pois, conduzirá à realização do Ser. Nós, artífices da renovação das faces escuras da matéria bruta, produziremos o sabor renovado da realidade luminosa, no âmago da alma, razão principal da existência. Apesar dos desafios inevitáveis da tosca rotina, um querer pessoal elabora, no instante presente, o objetivo de todos, universo harmonioso de Si mesmo junto das forças da Natureza.

Enquanto acontece o caos, dele a luz virá a forma do cosmos, na ordem justa e bela da Paz. E os seres cientes, diante da sinfonia das horas sob condições atuais, revelarão a arte plena da melhor sabedoria. A potência das adversidades importará qual proporção necessária à revelação da virtude que temos de mudar o mundo. Desistir dos erros antigos e palmilhar a essência à luz ideal da Consciência.

Palavras insinuam, o sentimento se contrapõe, estes os dois aspectos de si próprio que pedem habilitação através do ser único que todos somos. Profundo teste de felicidade é viver. Dominar os instintos, a banda pensa dos gestos nocivos, os pensamentos nefastos, as ondas revoltas que sucedem, no entanto tudo sob o mérito dos que resolvam buscar meios de renúncia dos equívocos, investimento e possibilidade que habitam a imortal humildade interior.  

(Foto: Jackson Bola Bantim).

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