segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

As cicatrizes do destino

Isso de querer incutir nos demais soldados do Império religiões de antigamente mexe nas fibras internas da consciência de companheiros do combate a ponto de deixa-los tontos, por vezes até meio distantes da real felicidade a ponto de correr riscos enormes no seio do lamaçal em que trincheiras agora recente se tornaram após os temporais deste quarto de lua. Querer, no entanto, mantê-los afastados das outras possibilidades matemáticas de encontrar o Deus que vive aceso no íntimo coração das pessoas significa alimentar a força alienadora da ilusão e expô-los aos percalços de todas as outras luas que virão pela frente. Portanto, o compromisso de revelar as verdades maiores só nesta época, depois dos milhões de luas que sumirão nos horizontes, guardadas debaixo das sete capas de camadas geológicas, claro que mais nada representa do que perversa conspiração face aos impulsos da acomodação do sistema envelhecido e inútil. 

Preciso, pois, dizer das ordens da verdade, trazer aos passageiros do vagão desgovernado a bela história do dever circunstancial de receber vivo ainda o sentimento cá no seio do coração qual alimento imprescindível, a descoberta de Si Mesmo, que funciona de contraveneno vacina preciosa de dominar os instintos e chegar ao portal do Amor, transmutar matéria em espírito, a sombra na luz, o laboratório da bem humana salvação. 

Horas soltas no infinito das compreensões varreram o ritmo dos ponteiros de segundo. Pulsações apenas mecânicas desfizeram desse modo os propósitos envilecidos de andar nas trilhas sem aproveitar a oportunidade rara de comungar dos bons propósitos. Daí, o território dessa fronteira deixar marcas profundas na pele das almas, feitas tatuagens inextinguíveis em formato de dor, mapas do labirinto das eras dos animais que escavacavam as terras do sem fim na busca de saborearam o néctar do mar alto, lá longe nas fímbrias deste sol que ora a todos ilumina. Forma maneira de quem avaliou a tempo as mudanças da rota do destino, as súplicas daquele passado remoto vieram morar de alento o largo Universo, e converteram seres em palavras de poder onde houvesse querer e possibilidades...

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