quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Ao nascer do Sol

Chegar aqui à porta da caverna e olhar a realidade face a face. Abrir as cortinas do arrebol transportando às mãos o despertar impaciente. Sair ileso do escuro das feras da noite que sucumbira ao princípio ativo da imortalidade. Passos macios das festas no coração, que bailam eternos bem na almas destinada a permanecer rumo do dia nascer.


Molhado nos rios dos sonhos reais, assim regressa o filho de Si mesmo já perene das eternas verdades. Fixa seus movimentos e desenhos imaginários nas primeiras sensações da vontade ali presente com toda força, testemunho dos montes e das árvores. Recolhe fragmentos esparsos e se deita na relva do pensamento, barco dos aventureiros da sorte. Inicia os trabalhos de Hércules diante dos sentidos. Transforma as pedras em pão, instintos nos amores, tochas em clareza e querer.

Essas máquinas de transcendência, os humanos, logo cedo descem ao mercado na busca dos outros humanos. Levam consigo o pomo das oportunidades de reverter em matéria orgânica a esterilidade que ainda somos e deixaremos de ser lá certa vez, porém dotados de visão parcial graças a luz do Astro bem maior das galáxias. Pisa de alegria o território dos dramas e faz instrumento particular ser autor da Criação no interior da felicidade que lhe revolve a essência do que pode a qualquer momento. Iluminar de calma o fervor dos elementos, e entregue a existência ao laboratório da fertilidade. 

Salvar o mundo pelo gosto de amar as criaturas e o seguir a história de que é parte integrante, missão maior antes de todas, sacralizar o desígnio individual através dos meios que possui. Tornar ouro vivo, líquido, absoluto, a pequenez de mulas de carga, e transportar ao coração sais minerais da realização de Deus na própria eternidade ora clara na manhã que envolve o Universo da luz definitiva das horas.

Suavidade, carinho, perfume, santidade, palavras e poder...  

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