sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A condição humana

Qual dar consciência à transitoriedade, eis a condição dos seres humanos. Relâmpago em céu de muitas nuvens, habitamos um vaso de carne, músculos, ossos e sangue, dentro de tempo móvel, porém restrito, e conduzimos as inúmeras bandeiras, todas porém transitórias. Alguns que aguentem cargas maiores; outros, nem carga suportam mais. Tudo gira, pois, em volta do eixo da Terra, na igual velocidade uns e outros, divididos nos blocos das idades, dos interesses, línguas, países, raças, proporções financeiras, status sociais, etc. 

Ah, isso enquanto seguimos as trilhas do depois nos diversos naipes do jogo onde andam as filas dos que buscam acertar as casas da sorte grande. Aumentar de ilusões, se nutrir de sinas e impérios. 

Nesta sequência, os compromissos morais do sofrer e amar, merecimentos, pensamentos e sentimentos. Já algo que mexe mesmo com a gente são as antigas pretensões de alguns imaginar privilégios só por chegar primeiro à porta principal de Gotham City nas ocasiões e oportunidades, bem vestidos, movidos a veículos último tipo, casas volumosas, contas recheadas, mesas fartas. Contudo, a condição muda em nada com relação aos demais também de material semelhante e durabilidade equivalente.

E navegar os barcos, evitar o pessimismo, encontrar alegria de sobreviver novos dias, adquirir chances de sorrir, receber carinho, gostar dos filhos e apreciar o sucesso, pisar maneiro e fazer bons amigos. 

A escola de viver ensina que há lições diárias em todo momento prenhe de sabedoria, e somos alunos da existência, às vezes repetentes, na reencarnação. Assim, a condições dos humanos. Viemos, segundo as notícias dos sábios, no sentido de evoluir, ainda que haja parceiros exigentes a dizer ser do chão, do pó e da poeira.

As dúvidas servem de instrumento de choque diante das dificuldades intransponíveis. Naquelas horas vem o sufoco no desejo da presença de valores eternos, a busca de Deus, da Esperança e da Fé, nas religiões ou no campo aberto da religiosidade popular. Mas que estreita o caminho quando a dor fala alto no coração da gente, no âmbito da necessidade, silêncio e solidão. Estes tais momentos significam as respostas de que precisamos querendo responder as perguntas da humana condição. Há quem justifique nem precisar de responder; é somente viver. 

Foto: Jackson Bola Bantim.

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