O limite do ilimitado é limite nenhum. Chuang Tzu
No ímpeto da correnteza voraz, os acontecimentos pedem o silêncio. Há pesos enormes sobre os ombros das criaturas humanas. Fardos de proporções inimagináveis constrangem o firmamento de encontro às montanhas do Ser. Algo tal que me parece nuvens de tempo a impor condições evolutivas. Por mais se deseje interpretar as normas do destino, elas apenas seguem a raiz de suas origens, quais fragmentos de pequenas atitudes a seres imaginários. Nisso, ninguém apresenta o rosto de mostrar a que veio. Vultos encapuzados deslizam pelas sombras. Gestos esquecidos e respostas inúteis. Há que ir adiante por força desse quadro cheio de passado morto e perdidas ilusões, horas a fio, enquanto os autores procedem neste anonimato. Ausência. Ansiedade. Expectativas. Resumo desses dias de silêncio, das filosofias, do clamor das religiões, dos conflitos e dores.
Resta saber o quanto somos sós em nós mesmos pelo que
ansiemos de respostas. Vontades extremas de superar a escuridão deste momento, tão
apenas gestos de sobrevivência é o de que vive a multidão. Ninguém que aventure
as hipóteses precisas de resposta. Permanecem em súplicas face ao desconhecido.
Época que abrange tudo em volta. As afirmações vieram à tona sem, contudo,
preencher as urgentes necessidades.
De quem eu consigo lembrar, nesse ainda prevalece a dúvida
crescente de querer praticar o inevitável confiantemente. Todos pedem paz, e as
superpotências fabricam, sem cessar, armamentos que destroem o princípio da
razão. Conheço pessoas que rezam constantemente. Fixos na contrição, sustentam
o equilíbrio de si e clamam novos dias.
Enquanto isto, dissemos prisioneiros
dessa cápsula, a cápsula que contém o que já somos, células em ebulição
dentro de tudo. Pouco ou nada importam nomes e números que sejamos, conquanto
sempre sejamos nomes e números. Vasos comunicantes da gente com a gente,
formamos seguimentos do que logo existirá aonde quer que seja. Blocos de notas
do mistério, escrevemos na alma e no coração, em letras brilhantes, segredo
guardado debaixo de sete capas. Vidas provisórias, paraísos em transformação,
no entanto que seguem o trilho da Realização do ser que seremos de nossas
mesmas mãos.
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