sábado, 24 de junho de 2023

Artimanhas do Destino

... Ou as hostes do imprevisível. Quando o mistério é por demais, não nos cabe questioná-lo. Enquanto isto, toda pergunta já traz em si a resposta pendurada no próprio rabo. De tal forma que, inclusive, achei de conhecer um mito que até então ignorava, a história de Lilith. Ela que, segundo consta, haveria de ter sido a primeira mulher de Adão, segundo várias mitologias que adotam o Paraíso qual origem desta humanidade.

Lilith é também uma figura da mitologia judaica, mencionada originalmente no Talmude hebraico do exílio da Babilónia (Séc. V a III a. C.). Na Idade Média, Lilith é apresentada como a primeira mulher de Adão, criada ao mesmo tempo e da mesma forma que este. Wikipédia

No início de tudo, pois, ali nasciam os dois a um só tempo. Porém os acontecimentos posteriores impossibilitaram deles o convívio. O homem pretendeu sair à frente e dominar. Ela, contudo, exigiu o mérito da igualdade, sem ser atendida, e daí reagiria sobremodo, a ponto de, segundo o mito, fazer face ao andamento inicial e criar outra condição individual. Está lá, na Wikipédia:

No séc. XIII, na obra de Isaac ben Jacob ha-Cohen, é introduzida a narrativa de Lilith deixar Adão ao não querer submeter-se à sua vontade e recusar ser-lhe subserviente com o argumento de ser igual a ele, criada ao mesmo tempo e da mesma matéria que Adão. Lilith abandona, então, o Jardim do Éden e não regressa após cópula com o Arcanjo Samael.

Esse gesto de rebeldia  levaria ao quadro de, adiante, resultar em o Poder tirar de Adão uma costela e, no versículo 23, da Gênese, advir a segunda mulher do homem, indo, no final das contas, ambos presenciar o exílio pela desobediência.

Bom, são estas algumas considerações a propósito desse personagem que frequenta diversas culturas e mostra o aspecto dos encaminhamos do Destino no seu roteiro da evolução, até o resgate da obediência nas futuras previsões da espécie humana.


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