quinta-feira, 8 de junho de 2023

Artifícios


Isso de algum tempo antes, de quando a internet passava a funcionar com intensidade, e os professores agora vivem de orelha em pé  face ao risco de os alunos adotarem só o método de copiar e colar nos trabalhos acadêmicos. Tudo fruto dos meios desenvolvidos pela tecnologia, dos recursos provenientes da inteligência humana.

Lembro o uso, pelos partidos políticos, ao redigirem os programas das agremiações, num tal de transcrever o que vinha dos outros e colar num quanto mais avançados, idealistas, progressistas, melhor. Sem maior cerimônia, os reacionários viravam avançados, e punham no papel o que atendia às suas intenções, apesar de quase nada, ou nada, vier à tona no decorrer das práticas de governo. As filosofias políticas trazem disto com facilidade, a não dizer demagogia (me engana que eu gosto), no fazer das tradições. Quanta facilidade em criar fantasias, promessas, segundas intenções. E enchem as folhas dos jornais, dos cartórios, da ingenuidade popular; mera formalidade de uso constante.

Nos tempos de hoje, pelo mundo inteiro, a moda pegou. A teoria é outra do que a pratica. Querem forjar, no estilo sofisticado das palavras, e encher a boca de largas tiradas e circunstâncias que carecem na intenção de enganar, de uma hora a outra viram notícia e ocupam cargos e dominam os destinos. Digo agora, mas a história vive cheia disso. da luta pelo poder e a enganação das massas, sujeitas ao furor dessa ganância. O que classificaram de Democracia, na tradição grega, claudica e corrompe as práticas sociais.

Para Nicolau Maquiavel , os homens são tão simples que quem quer enganar sempre encontra alguém que se deixa enganar. Destarte as próprias sociedades precisam evoluir a partir dos cidadãos, o que resulta na demora que vemos e que necessita ser vencida, a fim de termos, um dia, o mundo ideal que todos sonham.

(Ilustração: O jardim dos prazeres terrenos, de Hieronymus Bosch).


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