terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Desde o chão ao Infinito


Este o itinerário de tudo quanto existe, e a embarcação, o Tempo, que desliza nas correntezas da Eternidade sem par. Nós, os humanos, de todos os seres e objetos, os únicos que disso podemos ter a consciência, vez que assim pretendamos. A jornada resta livre de estabelecer destino próprio, qual afirmou Sêneca, nenhum vento é favorável a quem não sabe aonde ir. Eis, portanto, na fala do pensador, o primeiro passo, o saber, conhecimento do objetivo certo de tudo isto. 

Tantas e tantas aventuras errantes configuram as experiências deste mundo. Dias de ira, horas de angústia, tédio, ansiedade, no entanto sob o padrão da natureza individual e suas possibilidades do aproveitamento fiel. Em contrapartida, as lições, o aprendizado. Nisso, cabe-nos aprimorar a essência do que ora somos e viver os rendimentos desse processo, porquanto diz a sabedoria popular que burro é quem apanha duas vezes no mesmo corredor. 

A ciência do passo seguinte dá nisto, usufruir da experiência e tocar em frente o comboio das nossas histórias pelos caminhos da realidade. Pouco a pouco reuniremos na mesma caixa desejos e realizações, e exercitaremos as normas bem adquiridas durante vivências constantes. Tal se resume viver, e praticar as lições. Perante a exatidão dessas maravilhas, herdamos, usufruímos da individualidade e guardamos o patrimônio de ser, dos entes inteligentes da Natureza mãe. Quanta grandeza de nós, criaturas ainda em crescimento, vir desfrutar da imensa perspectiva dos mistérios de tamanha perfeição. 

Enquanto aprendemos nessa escola que o mal significa tão só a ausência do Bem, desenvolvemos o exercício da Consciência, momento supremo da evolução, até sermos, assim, os coautores de nossa mesma Salvação. Nunca imaginamos, nos tempos idos, que chagaríamos ao nível máximo de uma plena realização de Luz e Felicidade. Do nada, abriremos as portas do Infinito.


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