Nesse procedimento de constante atividade, surgem ideias, notícias da alma, contos, sonhos, necessidades, desejos e as paixões desenfreadas, voluptuosas, intranquilas ou verdadeiras. Apegos, os apegos nas voragens desse chão. Pretensões inconfessáveis. Ânsias inalcançáveis. No que vamos limpando o teto da consciência e abrindo as clareiras de viver com sabedoria. Tranquiliza daqui, acalma dali, revisa dacolá, e o barco segue rumo da cachoeira dos dias.
As pessoas tocam de perto no trote das ações internas e recebem do jeito que puder o gesto dos demais, a ponto de Jean-Paul Sartre afirmar de boca cheira que o Inferno são os outros. Ao que direi: o Inferno e o Céu são os outros. Porquanto tanta maravilha na presença das pessoas do nosso lado. Quão gostoso quebrar a solidão dos momentos junto de quem amamos de plena felicidade.
Felizes seriam esses de merecer a companhia de criaturas de bem com a vida. Obter na certeza a chance única de merecer o bem que planta no modo intenso da alegria que possa causar a que esteja próximo. Um vulcão ativo da melhor felicidade, pois, contar presenças agradáveis, que gostem da gente de igual pra igual, nos teatros desse mundo.
A paisagem ilumina, o som virá música, as companhias enchem o horizonte de esperança e as horas transcorrem numa velocidade por demais surpreendente. Sílabas tônicas do sabor de leite e mel unir as falas às belezas das almas inteiras, dos que nos amem e nós os amemos. Isto feito eterno, eis a fonte inesgotável do bem verdadeiro.
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