Nisso, Don Juan se despende e mergulha pelas sombras da noite, deixando Castañeda a braços com a rude tarefa pessoal. Enquanto media o território usando o palito de fósforo também cabia descobrir aonde assinalar o ponto exato a ele destinado no piso em que se arrastava. No início de bruços, depois do jeito que pode, à busca de achar o espaço nítido que lhe cabia.
O dia principiava a raiar quando isso aconteceu. Sentiu a mais plena identificação dele com o quadrante mínimo de solo qual previra Don Juan. Assim, harmonizado por conta do cumprimento da águia do mestre, ali mesmo estirou o corpo e adormeceu a sono solto.
Isto também na vida face aos mistérios de viver e descobrir os meios de ajustar a existência perante os trâmites da jornada. Quais cavaleiros andantes de país imenso, sempre novo e insólito, os interiores da presença individual em que viajam pensamento e sentimento empreendem o esforço de acalmar esse instinto da procura constante. Utilizando tão só a fração infinitesimal do ser, medem cada fração do solo sagrado da vivência e ajustam, momento a momento, nos vales e montanhas da alma a correr nas horas inevitáveis.
Quantas e tantas vezes apalpar as superfícies de dentro, lugares inesperados, frios, quentes, mornos, azuis, encarnados, amarelos, verdes; e a memória a guiar os passos no impulso de sobreviver a todo custo diante do desaparecimento.
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