Pudessem apenas mudar, e pronto viveriam mar de felicidade. Porém circunscrevem variações sem conta no decorrer das idades. Diversas fases da divindade pessoal significam, pois, aprendizados constantes, vez que a sombra ocupa o outro lado de si mesmo, vizinha de quarto e parceira de cama dos mortais. A sombra de vez em quando põe de fora as garras e fere o paladino da paz, um herói bem quisto, isento de qualquer suspeita, porém objeto de iguais limitações. Ninguém conhece ninguém, nem a si próprio.
A sombra, esse lado escuro da realidade interna das criaturas, repousa calada no colo das primeiras damas e representa o tratado de boa convivência dos céus na amabilidade dos humanos. Enrosca a cauda, no entanto, no cerne da individualidade, porquanto raros, eles, os santos, resolvem confrontar o tentador do alto das torres dos templos, e postular lugares sagrados no astral da bondade absoluta. Raros, raríssimos, os santos, saem vitoriosos.
Contudo ora desliza o comboio da claridade ao sabor dos mortais que somos. Transcorre bem aqui de junto o trilho da virtude, neste mar das oportunidades. Quem dá mais, quem dá mais: a sombra ou a luz? Quem dos dois há de vencer o temporal das horas certas desta geração?!
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