domingo, 11 de dezembro de 2016

Um ser que sonha

Bem no coração do Universo há calor, um calor cósmico, amplo, abrangente. Mãe de tudo quanto existe debaixo e acima do Sol, ali persistirá para sempre, desde que sempre persistiu durante todas as eras, e antes das eras existirem já existia. O Eu cósmico, o coração do Universo.

Em tal direção marcha o quanto há e quanto haverá, por ser este o caminho de todas as coisas, o rumo do Nada absoluto. 

Enquanto isso couber nas palavras, essa emoção da inexistência apesar das existências tocará o coração do Universo, e dele nascerá o coração das criaturas, razão de continuar o circuito universal da Vida.

Nada dura para sempre, e tudo que existe um dia chegará ao Nada, dois momentos únicos da continuação de Tudo. O que salva, pois, o Nada absoluto que persistirá eternamente, essa a paz tão desejada no sentimento das criaturas, no anseio de todos os sonhos. 

Vertente natural das essências deste único Universo onde o Tempo reúne Tudo, bem nesse lugar onde mora a Paz de todos os corações. Jamais fugir face inexistir ao chegar que seja outro lugar senão este de dentro de Si, lá onde habita a Verdade absoluta, luz da Razão verdadeira. 

Estes os passos de quem sonha, do que sonha este ser que sonha todos os sonhos. Na claridade da essência, o Ser germina o Mistério das canções, o perfume das flores, o amor dos corações. Lá inexiste a menor tristeza, só de alegrias perfaz o coração do todo Absoluto. 

Ninho dos estranhos valores da realização deste Ser essencial, o seio do coração do Universo vive bem fora de todos os outros contextos do mundo comum, e as aves voam na direção de Si que anima a Existência total.

Um comentário:

  1. Eu sou um ser que sonha...meio louca, meio irreal, mas eu sonho é sonho muito, até com o impossivel. Sonho é divago com amores, com abraços, com um beijo que sei impossível, nunca darei! Mas que loucura eu sou pouco disso, sonho, navego na ilusão...passo horas a fio sentada a vendo o mar, os movimentos das ondas que vão e que vêm num eterno balé das marés... nestas horas sou apenas eu e minha companhia, converso comigo, sem ter ninguém para me interromper ou julgar os meus sonhos e desejos.

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