Junto de outros nomes corajosos, tais Sobral Pinto, Dom Hélder Câmara, Sérgio Porto, Frei Tito, Frei Betto, Hefil, Alencar Furtado, Hélio Bicudo, Lisâneas Maciel, Ulisses Guimarães e tantos de igual expressão, firmou princípios que a História os registrará no panteão da honra brasileira dos grandes heróis.
Defensor intransigente dos direitos humanos e do estado democrático de direito, Dom Paulo elevou a voz sem medo contra as violações verificadas no País e cerrou fileiras com os seguidos da Teologia da Libertação, de que porfiou qual dos líderes mais importantes.
Visitou prisões e denunciou a tortura, confrontado órgãos da violência policial, chegando, certa vez, a estabelecer discussões acirradas com altos escalões do Governo da época. Segundo o escritor e jornalista Pedro del Picchia, texto publicado no site da Folha de S. Paulo de 14 de dezembro de 2016: Num encontro com o presidente Emílio Garrastazu Médici, a conversa encerrou-se aos berros. Foi Médici quem decretou, depois, em 1973, a cassação da rádio Nove de Julho, tradicional emissora da Igreja em São Paulo.
Incansavelmente, denunciou os desmandos das prisões do regime, sendo depois responsável pela criação do Centro Santo Dias dos Direitos Humanos e patrocinou a publicação do livro Brasil: Nunca Mais, sobre os mortos e desaparecidos.
Dadas essas razões, Paulo Evaristo Arns foi considerado cardeal da liberdade, bispo dos oprimidos, cardeal dos trabalhadores, bispo dos presos, bom pastor, cardeal da cidadania, guardião dos direitos humanos, dentre outras denominações expressivas do trabalho que desenvolveu em prol da cidadania e sobrevivência dos valores essenciais da raça humana. Que o bom Deus ora o receba nos campos eternos da Justiça Social com Liberdade e Paz, seus amores fundamentais nesta vida.
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