Um (a) amigo (a) representa rara conquista de tamanha responsabilidade que durante toda a existência, por mais se deseje, nunca ultrapassam de quantidade limitada as legiões de amigos que conquistamos, porquanto esse fenômeno valioso apenas ocorre nas horas de extrema afinidade e respeito, momentos de profundo amadurecimento e ocasiões preciosas.
Nisso, na obtenção da amizade, o sentimento exige condições jamais observadas noutras práticas sociais. Pede simpatia, carinho, atenção, afinidades, identificações, provas, plenitude, grandezas próximas da perfeição da natureza humana.
Amigos, ainda que distantes, permanecem guardados em si décadas e décadas adiante, lá depois reencontrados, o que em nada muda o sabor da boa presença, espécie de eternidade-hoje, testemunho da evolução possível de quem preservar a amizade qual fator definitivo, divino e verdadeiro.
Gosto de afirmar aos meus filhos que os dedos de uma mão são muitos na contar os amigos verdadeiros de uma vida inteira. Alguns de nós, ao descobrir o valor da amizade, resolvem dedicar todo seu tempo a fazer novas amizades qual razão de continuarem vivos; são os santos, criaturas especiais votadas, em tudo por tudo, ao exercício pleno de fazer o bem e amar as criaturas. Esse altruísmo significa o sentido que lhes justifica a vocação do coração, motivo de prolongar de bênçãos a jornada aqui da Terra, o que atenderá aos impulsos da Consciência, equilibrando na paz das ações e a aridez dos percalços característicos de onde ainda habitamos.
De tanto sonhar com a exatidão de tudo, descobrimos em nós mesmos o campo fértil da amizade e resolvemos pacificar este chão através do próprio amor em relação os irmãos próximos de nós até chegar às raias do Infinito cósmico.
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