Chegara de volta da
Bahia em março de 1977. Aos poucos fui me reentrosando com os velhos amigos do
Cariri. Ao lado de Vicelmo, realizaria
série de entrevistas para o Museu da Imagem e do Som do Instituto Cultural do Cariri
com José Geraldo da Cruz, Filemon Teles, Pedro Maia, Ramiro do Seminário,
Antônio de Alencar Araripe e Almir Carvalho, personagens marcantes da Região,
publicadas em seguida no jornal Tribuna do Ceará, em Fortaleza, exceto a de
Alencar Araripe.
Já perto do final do
ano, fui convidado por Luiz Karimai e Gilberto Morimitsu, para, juntamente com
Isabelisa Cordeiro, promover o Salão de Outubro, o que se concretizaria com
êxito no âmbito do Parque Municipal de Crato, hoje a Praça Alexandre Arraes.
Dos artistas que
participaram lembro-me de alguns dos nomes: Ivan Alencar, Macário Brito,
Jackson Bola Bantim, Stênio Diniz, Luiz Karimai, Gilberto Morimitsu, Isabelisa
Cordeiro, Rômulo, Múcio Duarte, Célia Teles, Zé Ferreira, Ciça Louceira, Ciça
do Barro Cru, Meirinha Germano, Geraldo Urano, Hugo Linard, Paulinho Fuísca,
Deca, Zé Roberto, dentre outros. Eu me fizera presente com desenhos e colagens,
o que naquela época usava como expressão. Houve dessa vez uma apresentação de
Fagner, na Quadra Bicentenário, como parte dos acontecimentos da mostra que
fora bem visitada pelo público.
No ano seguinte,
promoveríamos, no Instituto Cultural do Cariri, cuja sede funcionava na Praça
Três de Maio, uma exposição individual dos meus trabalhos, com 35 pinturas,
desenhos e colagens.
Em maio, realizamos,
ao lado de Mônica Camargo, uma pesquisadora que viera do Rio de Janeiro, o
Salão de Maio da Faculdade de Filosofia do Crato, sob a coordenação de Vera Lúcia
Maia, ligada ao Departamento de História. O evento foi prestigiado pela
escritora Rachel de Queiroz, em duas salas das instalações da faculdade, no Bairro
do Pimenta, onde estiveram expostos 58 artistas e artesãos caririenses, numa
mostra de rara qualidade.
No mesmo ano de 1968,
promovemos, Karimai, Morimitsu, Isabelisa, Stênio Diniz e eu, a Bienal de
Juazeiro do Norte, no Salão Paroquial da Igreja de Nossa Senhora das Dores, com
o apoio de Padre Murilo. Dessa atividade constou, no derradeiro dia,
apresentação de Dominguinhos, na Quadra João Cornélio, que ficava nas proximidades
do Salão Paroquial.
No mesmo ano de 1968,
voltamos a realizar o Salão de Outubro, dessa vez como mais artistas regionais,
inclusive utilizando por galerias o espaço das antigas jaulas dos animais que antes
ali existiram, nos inícios do Parque Municipal.
Há registros
cinematográficos desse Salão de Outubro de 1978 realizados e que pertencem a
Isabelisa Cordeiro, ora residindo em João Pessoa, na Paraíba.
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