Em minhas mãos o livro
mais recente de Rejane Monteiro Augusto Gonçalves, denominado História Eclesiástica de Lavras da
Mangabeira, lançado no Cariri por ocasião do bicentenário da Paróquia de
São Vicente Ferrer (30 de agosto de 2013). Na época, um filho da localidade,
Padre José Joaquim Xavier Sobreira seria seu primeiro vigário.
A ilustre pesquisadora
vem assim de produzir trabalho da maior envergadura, ao nível de qualidade de outros
trabalhos da sua autoria, dentre eles a reedição do livro Os Augustos, cuja ampliação atualizou do que originalmente
escrevera Joaryvar Macedo.
Nessa obra que vinda a
lume, circunscreve desde os primeiros passos eclesiásticos brasileiros, com
ênfase no crescimento da instituição romana pelo Nordeste. Rejane mergulha nos detalhes
minuciosos dos registros da paróquia de Lavras, obtendo acervo definitivo e
valioso a quem pretenda conhecer a fundo todos os meandros da Igreja nas terras
sertanejas.
Desde os passos mais
remotos do Catolicismo, dos vínculos com o Império, o livro disponibiliza datas
e feitos, através de estilo estruturado, demonstração do fôlego empregado na
intenção que abraçou com tamanha virtude.
Em acréscimo ao mérito
de cumprir o objetivo a que se propôs, e recolher no tempo os elementos
históricos da antiga freguesia até os dias dagora, a autora ainda acrescentou à
edição rico acervo fotográfico e mapas relativos ao território da pesquisa,
oferecendo, inclusive, gráficos e nomes das autoridades que compunham o universo
político de épocas distantes do lugar.
A publicação, nas
orelhas, contém texto do escritor lavrense Dimas Macedo, paladino incansável da
intelectualidade cearense, qual Rejane Monteiro também titular de cadeira na
Academia Lavrense de Letras.
Digno, pois, dos merecidos
elogios o presente livro da pesquisadora, o que, decerto, vem enriquecer os
estudos da nossa vida religiosa sob o prisma da civilização europeia em terras
do Novo Mundo.
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