Dias sucessivos e a
criança sofria agressões na escola. Chegava junto aos familiares mostrando
sinais de brigas e quedas. A genitora, apreensiva com ditas ocorrências, buscou
o colégio visando esclarecimentos, a pedir explicações e providências:
- Três vezes seguidas
ele chega de volta com hematomas e outras marcas. O que anda acontecendo na
escola, professora? A gente confia o filho e se depara com essas situações
desagradáveis. Paciência...
Diante da queixa e também
preocupada com a repetição das hostilidades sofridas pelo menino, a titular da
sala, atenciosa, considerou que os desentendimentos e as rixas que envolviam o
aluno deviam-se à excessiva insistência dele provocar os colegas, aos gritos e mediante
gestos de violência. Causava, com isso, respostas que vinham tirando a paz, nos
dias recentes das aulas.
A mãe insistiu, no
entanto, ainda que fosse ele o iniciador das brigas, que deveriam existir
motivos para originar tanta desavença.
A professora, meio sem
jeito, então acrescentou:
- Eu já procurei
acalmar esses gestos grosseiros que o menino vem apresentando, mas ele responde
que são esses os mesmos modos com que seu pai trata, em casa, sua mãe. Daí, mãe,
venho achando dificuldades em modificar a maneira como se relaciona com os coleguinhas.
Depois de ouvir as
palavras sinceras da professora, cabisbaixa, querendo razões que justificassem
uma resposta, todavia colhida de surpresa, a mãe só explicou:
- Não, não é bem assim
– e saiu silenciosa.
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