Às portas do Infinito
onde viaja nossa humanidade, entre o mar espiritual e a praia que pisamos às
vezes de pés molhados, de um lado, a terra quente logo ali; do outro, de olhos
fitos no horizonte das águas, ou apreensivos, buscaremos as árvores do Sertão, na
intenção de mergulhar o interior do conhecido, ou afogar a solidão da alma nas
profundezas do oceano impossível.
Assim, nas avaliações
filosóficas, cogitações das possibilidades do pensamento e sentimento que somos,
todos querem a custo desvendar o mistério do aqui e do agora.
Ainda que disséssemos conhecer
os caminhos do Desconhecido, algo restaria inatingível aos instrumentos da
ciência material na busca de solucionar e comprovar os enigmas da existência. Na
fronteira da mente com a imaginação transitam esses viajantes das estrelas.
Nalgumas horas, tocam os dedos nas muralhas da Matéria; noutras, em novas
situações, respiram o ar fervoroso das chamas, na Fé, e tocam as portas das
igrejas.
Contam as vozes das civilizações,
desde remotas eras, os sinais que sábios desvendaram no íntimo da condição de
seres viventes na carne. Descrevem também detalhes mínimos da Vida em planos
além da carne, nas aventuras transcendentais. Noticiam sabores dos páramos
eternos quais andarilhos a convidar transformações de comportamento dos que aqui
permanecem presos ao chão.
Tudo isso elementos de
percepção, o que impossível será obrigar aceitação dos demais só do querer de
uns. O próprio método científico exige prova, nas conclusões definitivas das
afirmações.
Do mesmo jeito que o
espiritualista oferece os meios da aceitação da verdade infinita dos imortais,
o materialista cogita de retornar às matas do interior mais pesado que o ar, nas
visões de praia desse encontro das duas realidades, sem, contudo, poder impor
resultados exclusivos, porquanto na consciência pessoal impera o crivo da visão
do Eterno em doses menores dos tempos atuais.
(Foto: Jackson Bantim).
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