Primeiros dias de
setembro de 2013, na terça-feira 03, reencontrei o cineasta caririense
Rosemberg Cariry. Desde a década de 1970 que privamos de uma aproximação
amistosa, ambos seguindo estradas que perpassam o Sertão, na busca de
simbolizar a pátria comum por meio dos bens artísticos, ele, no cinema, segunda
natureza da alma e instrumento de conhecer o mundo. Eu, nas palavras, esforço
inglório de conter a voragem corrosiva dos tempos. Palavras e fotografias. E
destas, uma nos reuniu através do filme Patativa
do Assaré, Ave Poesia, cujo cartaz ilustro com fotografia do bardo
assareense.
Nessa oportunidade,
fomos até o Sítio Caldeirão, do Beato Zé Lourenço, área que pertence à
municipalidade cratense e onde a secretária de Cultura Dane de Jane quer
desenvolver empreendimentos voltados à história do lugar, ponto de destaque e
valia do século XX, por significar o palco de famosa experiência coletiva rural
pesquisada ainda hoje.
Através de excursão
dos alunos do Curso de Comunicação da Universidade Federal do Cariri, nos
deslocamos àquela região do município e vimos de perto suas potencialidades
turísticas, dentre outras.
Minha intenção atual,
no entanto, diz respeito ao cineasta Rosemberg, que já foi Secretário de
Cultura de Crato e agora concluiu o 12.º longa metragem (Os pobres diabos) como diretor, o qual breve lançará num dos
festivais do cinema brasileiro.
Nascido em Farias
Brito, cidade vizinha a Crato, desde cedo demonstrou tendência à criação e
liderança cultural, dono de história rica em produções. No início, vivera o
universo das feiras e dos artistas populares do interior, ao lado de quem
adquiriria o conhecimento que usa na temática dos seus trabalhos.
Percorreu as artes
plásticas (desenhos, esculturas e máscaras de barro), música (composições e
canto), literatura (ensaios, poemas e contos) e cinema (curtas e longas
metragens). Graduado em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará, exercita
a inventividade sobretudo por meio do cinema, nome de cunho internacional,
viajando pelos países a divulgar as origens nordestinas nos diversos rincões, além
de cumprir papéis destacados nos órgãos da classe cinematográfica do Brasil.
Rosemberg Cariry
representa, pois, o espírito vivo das recentes gerações, considerado bem
sucedido por quanto até aqui fez da verve talentosa que o caracteriza, exemplo de
persistência e trabalho.
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