sábado, 7 de setembro de 2013

Rosemberg Cariry

Primeiros dias de setembro de 2013, na terça-feira 03, reencontrei o cineasta caririense Rosemberg Cariry. Desde a década de 1970 que privamos de uma aproximação amistosa, ambos seguindo estradas que perpassam o Sertão, na busca de simbolizar a pátria comum por meio dos bens artísticos, ele, no cinema, segunda natureza da alma e instrumento de conhecer o mundo. Eu, nas palavras, esforço inglório de conter a voragem corrosiva dos tempos. Palavras e fotografias. E destas, uma nos reuniu através do filme Patativa do Assaré, Ave Poesia, cujo cartaz ilustro com fotografia do bardo assareense.

Nessa oportunidade, fomos até o Sítio Caldeirão, do Beato Zé Lourenço, área que pertence à municipalidade cratense e onde a secretária de Cultura Dane de Jane quer desenvolver empreendimentos voltados à história do lugar, ponto de destaque e valia do século XX, por significar o palco de famosa experiência coletiva rural pesquisada ainda hoje.

Através de excursão dos alunos do Curso de Comunicação da Universidade Federal do Cariri, nos deslocamos àquela região do município e vimos de perto suas potencialidades turísticas, dentre outras.

Minha intenção atual, no entanto, diz respeito ao cineasta Rosemberg, que já foi Secretário de Cultura de Crato e agora concluiu o 12.º longa metragem (Os pobres diabos) como diretor, o qual breve lançará num dos festivais do cinema brasileiro.
Nascido em Farias Brito, cidade vizinha a Crato, desde cedo demonstrou tendência à criação e liderança cultural, dono de história rica em produções. No início, vivera o universo das feiras e dos artistas populares do interior, ao lado de quem adquiriria o conhecimento que usa na temática dos seus trabalhos.

Percorreu as artes plásticas (desenhos, esculturas e máscaras de barro), música (composições e canto), literatura (ensaios, poemas e contos) e cinema (curtas e longas metragens). Graduado em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará, exercita a inventividade sobretudo por meio do cinema, nome de cunho internacional, viajando pelos países a divulgar as origens nordestinas nos diversos rincões, além de cumprir papéis destacados nos órgãos da classe cinematográfica do Brasil.

Rosemberg Cariry representa, pois, o espírito vivo das recentes gerações, considerado bem sucedido por quanto até aqui fez da verve talentosa que o caracteriza, exemplo de persistência e trabalho.   

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