Valores, ou seja, as
bases sobre as quais estruturar o comportamento nas relações entre as pessoas,
sociedades e natureza. Afinal se busca níveis melhores que dimensões arcaicas, de
quando animais e bárbaros, dos tempos das cavernas. Eles evoluíram desde que o
homem é homem, de quando resolveu aprimorar realizações no decorrer da
história. São padrões mais refinados de convivência que resultam nos estados de
justiça e civilização.
A que servem esses
tais valores morais? Só visam estabelecer pactos em favor dos grupos, ou
indicam crescimento dos indivíduos nos planos elevados da ética e do progresso de
sonhos maiores?
A psicologia evita o
âmbito da religiosidade, mantendo compromisso restrito ao campo das reações aparentes
das pessoas. Contudo há limites inatingíveis no desconhecido. Pois a ânsia das
soluções bate de cara nalgumas impossibilidades científicas, estação provisória
do conhecimento. E a dor segue doendo pedindo paz aos organismos enfermos da
coletividade.
Nessas horas restam os
valores, decisões pessoais estabelecidas no íntimo de vencer o vazio
existencial nas criaturas humanas. Algo que deve existir plantado no território
silencioso da solidão visando balizar as dificuldades existenciais. Nessas
paragens longas e angustiosas, luzes acendem quando guardadas. Lembram a
parábola cristã das virgens loucas, que não mantiveram o azeite de acender as
lâmpadas, na chegada imprevisível dos noivos. E ficaram lá perdidas nas trevas
do abandono, enquanto as prudentes revelavam suas localizações.
Nas noites e febres do
isolamento a que se submetem os desavisados vagando pelos mundos incertos, o
plantio e a colheita bem aos moldes daqueles que aperfeiçoam valores morais, servem
nas ingratas situações da sorte e reduz a fome de Amor desse tempo transitório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário