Onde só bem poucos possuem
a coragem de mergulhar ali moram mananciais que podem salvar mundos inteiros. Sob
a mesma pele que ocupamos indiferentes há torrentes de luz, amor e consciência
ao dispor das nossas expectativas de naus perdidas no escuro das neblinas. Cores
universais de vida nutrem a força que impera debaixo das camadas profundas qual
fogo a crepitar no interior da Terra; elas, essas cores múltiplas, esplêndidas,
chamegam também à disposição dos humores incontroláveis no íntimo de nós. Essa
energia grandiosa das descobertas fervilha aqui dentro, princípios da coerência
reveladora na obra da Criação. Ou desconhecemos, ou sabemos e deixamos escorrer
pelos dedos a seiva essencial em desamor essas dádivas naturais.
Entretanto persistem sons
da felicidade batendo na porta das almas, tambores que percorrem trilhas, corredores,
cantigas de trovadores resistentes da beleza, missão de seres audazes que falam
às pessoas e transmitem retalhos de melodias misteriosas e fustigam os
corações, acendem o furor da transformação, e até chegam a dobrar leis de angústia
e trabalham esperança. Despertam doces prosas de saborosos contos nas veias do
espírito. Conspiram buscas de revelações inesgotáveis, a vencer todos dragões das
mágoas e dos rancores.
Os caminhos mostram a tal
religiosidade que jamais sumirá dessa estrutura de todos universos, arquitetura
de deuses, pois somos herdeiros da saúde eterna do sempre.
Nesse andar rumo das
estrelas na individualidade enfim descobrimos dentro da gente o novo em estado permanente,
constantes amabilidades para conosco e os demais.
Ato espontâneo, minérios
da plenitude do Ser significam por isso a Graça Suprema de comungar serenidades
e sonhos, além das dimensões visuais e físicas. Vozes de poder dedilham as
fibras sadias dos nascidos que somos do momento esplêndido nas telas
inigualáveis, alvoradas milagrosas, gosto refinado do artista genial que desvelou
as cortinas da infinita Perfeição.
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