segunda-feira, 20 de maio de 2013

Mal desnecessário


Dos piores hábitos, a adoção de uso da nicotina custa caro aos que se deixam prender nas suas malhas letais. Os índices apontam sérios prejuízos que a todos comprometem, desde amigos, parentes, conhecidos, ou mesmo desconhecidos. Leis recentes de vários países principiam a conter essa maré destrutiva com proibições nos ambientes públicos, incluídos transportes de massa.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o fumo é responsável por 90% das mortes por câncer de pulmão, 97% dos óbitos por câncer da laringe, 25% de doenças do coração, além de causar 85% das bronquites e  enfisema pulmonar, somados inúmeros casos de impotência sexual e abortos prematuros.

Os 33 milhões de fumantes brasileiros se expõem a 100 mil óbitos anuais causados pelo vício. No mundo, há 1 bilhão e 500 milhões de fumantes, com 4 milhões anuais de óbitos nisso originados.

Custos elevados de verbas dos orçamentos públicos tentam reverter o quatro, enquanto poderiam se destinar a profissionalização, educação, outros setores da saúde, segurança, moradia, saneamento básico, abastecimento, etc.

Na atualidade, a propaganda do tabaco restringe e denuncia a sua ofensividade alienante, por força de normas para inibir espaço de divulgação da lástima que, durante muito tempo, se expandiu sem quaisquer limites.

O que mais assusta nas pesquisas são os 78% dos viciados que dizem pretender a libertação da dependência mas apenas 5% atingem o objetivo ao fim de um ano. Até conseguir parar, o fumante faz, em média, cinco tentativas. O vício da nicotina é comparável aos da cocaína e da heroína. A maioria precisa de ajuda terapêutica para abandoná-lo.

Desse modo, nas pautas governamentais, persistente a cruzada para conscientizar, sobretudo as novas gerações, da adversidade que transforma o lazer aparente de aspirar 4.700 substâncias contidas em desprezível cigarro, a título de distração, numa bomba-relógio de efeitos coletivos devastadores, contradição à saúde. 

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