Falam dos rios a céu aberto no espaço, água que vagueia ao dorso do Infinito quais sendo fonte de abastecimento dos mistérios cósmicos. Isto sem levar em conta tantos outros dos fenômenos que nem de longe haver-se-ia de registrar daqui donde nos encontramos. Daí, as façanhas espalhadas pela caligrafia das civilizações. Sequências inteiras de seriados no lombo do Tempo que viram outro caudal de ocorrências e circulam durante as eras sem fim.
A bem considerar, de quase tudo resta a distância de lá um
dia tocar nas consciências entorpecidas pelas limitações da matéria, e nisso
buscar a própria fome, anseios de realização de quantos passos adiante sobram acontecer.
Existem as cercas da possibilidade em termos do labirinto que constrange a
todos. Ainda assim, muito se andou no solo das fragilidades e cultura tamanha
fez morada no coração das gentes que ora percorrem o espaço.
Desde o instinto das palavras às intuições continuadas,
avanços sem limite despejam réstias no horizonte, feitos lâminas de fogo na
pele dos sentimentos. Antes imaginavam aos pedaços o que agora descobrem.
Herança de sonhos, as noites viraram dias. Aqueles meros seres primitivos
contudo estendem o território da história aos recantos menos considerados
naquelas horas atrás. Até já admitem aceitar padrões recentes de felicidade mecânica,
desejos feitos tatuagens e pergaminhos na pele e nas muralhas disso em voga
pelos dias.
Os textos ficaram menores. Livros passaram a ser relíquias. Templos
preenchem de cores as convicções antigas. Indústrias desmancham pedras em
minúsculos artefatos a encher os oceanos de sons. Buscas persistentes e as
criaturas invadem as estrelas. Naves então desconhecidas percorrem roteiros
diversos e fossem retalhos de objetos esquecidos nas praias impossíveis.
Se vissem, pois, o que caberá logo à frente, essas versões
atuais desde sempre tão só perderiam o sentido, lagos escuros doutras vezes
abandonadas pelo poder da liberdade, e a braços ver-nos-iam como verdades
eternas.
(Ilustração: Castelo de Brennand, Recife PE).
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