A Natureza persiste num prisma leal de tocar adiante o que lhe coube fazer, a braços, porém, com as atitudes dos astros pelo silêncio do Universo.
O que mexe conosco são esses filmes repetitivos de dramas mordazes, fixos nas interrogações internacionais das existências que restam. Raros que deixam margem a sorrir, desfrutar das certezas inevitáveis do que virá, conquanto altos e baixos. Tudo segue inexorável a um fim útil, livres das aflições que cercariam os cartazes dessas películas de guerra ou dos transes milionários de grupos alucinados, ao longo dali desfeitos nas nuvens da imensidão.
Há uma trilha sonora de verdades eternas a percorrer artérias e veias desse mundo. Consciências norteiam séculos aos milhares, sejam quais entes que escrevem o definitivo no paraíso das sortes. E numa deriva a bem dizer persistente, águas passadas nem movem mais os moinhos do que ficou na inexistência. Sustentar, por isso, o desejo das situações felizes passa a significar o gesto de estar aqui e sobreviver às intempéries dos destinos.
Ouvem-se de não sei quando os ecos de longas litanias que lembram das vezes em que o clamor de eternidades fez morada no coração. Vozes sem conta invadem gradualmente a trilha dos valores e, de hora a outra, tudo pode significar um senso de perfeição nos verões que chegam ao fim e desaparecem no céu.
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