Falas sem conta preenchem o teto das alturas. Lá desde longe aparecem os limites, no entanto. Quais olhos abertos dalgum ser, vemos circular, no verso das criaturas, esse desejo enorme de compreender o rastro de quem anda pelo mundo. São espectros tangidos num tropel de quantas raças. Animais acesos nas fogueiras das consequências, avaliam as chances de liberdade, contudo meros autores de si mesmos.
Bem que se ouve os acordes vários das sinfonias mais distantes.
Daí, versões do que pudesse acontecer a qualquer momento, nisso desfilam
infinitos pelas bordas da imaginação. Vadios, soltos nos gestos, visões mergulham
na essência dos objetos, perdas incontáveis dos dias e das noites, suaves
atitudes na forma de criaturas. Conquanto digam as palavras, luzes que rasgam
os céus nas histórias em profusão.
Eles vislumbram, pois, os gestos em volta e deixam que seja
assim o trilho que percorre a floresta antiga de lendas e fantasias. Sabem,
portanto, de onde nascem os credos, alimento dos deuses. Sustentam normas sucessivas
de longas viagens nos quadrados abertos à frente. Querem agir, afirmar o roteiro
dos contentes, outrossim cercados das vestes já rotas, muitos em nuvens de
calor intenso nestas tardes sem fim.
Houvesse verdades esquecidas, ali satisfariam o senso desses
vilarejos da própria consciência. Juízos gastos, mãos entontecidas, sabores até
então desconhecidos, querem cumprir de algum modo o ofício de sobreviver a tudo
e todos. Vislumbram, sim, as perspectivas que lhes restam, e sorriem de
contentes em face do mistério que compõe os corações. Mapas esquisitos perduram
a duras penas pelo íntimo das virtudes. Passados foram essas chances do
inesperado onde trituram rochedos imensos nos braços que compõe o painel dos
sóis abertos.
Sobretudo pensamentos insistem nutrir a beleza das flores
que colorem os sentimentos. Superpõem de certezas o barco, nas marés dentro de roteiros
até então definitivos, e aceitam de bom grado as servidões a que devem
obedecer.
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