No correr dos dias, vez em quando sujeita acontecer de a gente esquecer, talvez nomes, fisionomias, lugares; para, examina nas entranhas, querendo trazer de volta, o que às vezes ocorre, ou não. Nisso, as cenas a bem dizer constantes de negociar consigo próprio, no afã de recontar o que ficou na estrada, mas sem saber o armário disso. Quando, então, vêm de volta as grosserias, os embalos de contradições, atitudes equivocadas, (sei lá!), um tanto de percalços que só a existência oferece e restaram nalgum recanto esquisito da mesma pessoa. Conquanto queira-se melhor, no entanto a pedir compreensão a si mesmo ou aos outros que nem imagina aonde foram parar.
Bem isto, viver numa cercania de abstrações e ser esse objeto em movimento que pensa, imagina, pesa, sente calor, fala, se contradiz, viaja, trabalha, enxerga, namora, algo em movimento na exatidão dos séculos, a persistir nas intenções de horas absurdas, noutras coerentes. Preveem, supõem, determinam... Cactus... Roseirais... Ditos seres humanos.
Daí, as sensações de calor, escutas, recordações do que fica grudado nas paredes de dentro e servem de parâmetros ao que possa vir a qualquer momento. Antes de tudo, blocos de percepções incontáveis, a dizer do quanto significou de presença no chão onde esteve.
Nisso, o fio inevitável do que possa ter sido todo itinerário, roteiro da sorte que carrega no peito, são abismos profundos de transes aqui escondidos no íntimo, riscos incontáveis de quantos impulsos, desafios e saudades. Noutras palavras, blocos de pensamentos/sentimentos em constante ebulição, todavia algo surpreendente em termos de habitar os sentidos do Universo e tocar adiante esse projeto surreal de emoções e surpresas que o somos ao sabor de enigmas profundos, aos quais fazendo parte e desenvolvendo o transcorrer das histórias.
A percorrer quais ideias, dali ressurgem a beleza das cores, o formado do que se vê, as distâncias no Infinito, o som do silêncio, a circulação dos astros, a profundeza do firmamento, o decorrer das civilizações, os alimentos, a exuberância de natureza em volta, tudo isto a perpassar a exatidão das pessoas e o fervor das consciências. Enquanto seja, eis o significado em andamento, motivo único, tão-só, de encontrar a razão desse absoluto que contém as respostas e o significado de estar aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário