Nesse intervalo, os derradeiros resquícios das vaidades imperam
frente à luz necessária de indicar os meios dessa história por demais inevitável,
no entanto. A quem queira ouvir, cantam os pássaros, sopra o vento, caem as
folhas, descem os rios, vêm as canções, as lembranças, os credos, o estalar do
sol nas bordas do firmamento. Isso de estar aqui, nalgum lugar inextinguível,
parceiros de jornadas definitivas, rumo ao Ser. Na vibração dos pensamentos
pululam as palavras, os gestos, as cores, formas, vontades, espetáculo mil da
própria certeza dessa perpetuação nas existências.
Buscar o quê, quando aqui esteja nas malhas das horas constantes?!
Todos, luzes acesas de poder até então desconhecido de quem seja. Nisso, a
contenção dos acontecimentos numa voragem sem conta. Viver. Permanecer. Narrar.
Estabelecer. Conter. Resistir. Sustentar as dores dos abismos. Ter saudades. Fluir.
Esse outro eu assim contém o senso do Infinito, porém à cata de significados, e exercita, persistente, valores, penhores, atitudes, indagações. Nascentes da alma, reúnem seus pedaços em cordões de sacrifícios e revelam, passo a passo, a que vieram, pois. Retratos das histórias intérminas, segredam códigos aos céus e adormecem aos olhos da necessidade. Eles, os seres translúcidos ainda cobertos da lama do parto, conquanto multidão de anônimos, ilustram as paisagens de liberdade fortuita e desfazem na sombra módicos sabores. Avistam, afinal, lá distante, o pouso da Verdade e sorriem impávidos.
(Ilustração: Microsoft Copilot).

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