quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Papoulas ao vento


Nem que antes fossem, porém apenas agora se formam no silêncio as primeiras histórias. Descem quais seres à busca de interpretar o destino, tais senhores do próprio sentimento, no entanto cercados de tantos dilemas e escolhas que a evolução revela só minúsculos avanços.

Destarte, espalhados que foram aos sons dos fins de tarde, desfrutam dos mesmos sabores dos quantos ali observam as sombras da noite que logo se avizinha. Eles, os instrumentos de transformar a consciência em naves de evolução, por isso tão inesperadas quanto chegar aos mistérios tangidos pelas profecias acesas do chão das horas...

Pensamentos assim sobrevoam a imensidão do horizonte e carregam consigo as folhas dos instantes, apressados, deixados em si lá desde antigas mitos dos impérios desaparecidos. Em caravanas imortais, seguem essa trilha do Infinito e esquecem sobremodo o invisível de muitas alegrias que ficaram perdidas. Vadeiam, pois, a bordo de naves siderais, imaginam sonhos preenchidos de tantos amores que os olhos assustados insistem chegar ao tempo de conhecer toda a verdade.

Fôssemos, em consequência, sustentar certezas várias e deixaríamos de interpretar as normas da Natureza a segredar no coração dos indivíduos suas belezas sem conta, mais que necessárias ao cumprimento da promessa que sempre nos envolve a perder de vista. Um a um, persistem na caminhada pelos palcos iluminados em volta dos atuais acontecimentos. Pouco ou nada, significa, todavia, querer dominar as forças em movimento e reverter quadros anteriores de inúteis apreensões e que de nada servirão ali adiante.

Uma humanidade em crescimento no seio de todos construirá o novo espectro das possibilidades até então inalcançáveis, contudo. Perlustrar a crosta dos momentos e sobreviver à custa das esperanças em forma de transformação das inúmeras criaturas deste mundo que aqui permanecerem. Com isto, passo a passo, marcam o solo da imensidão e permitem trazer outras lendas ao vazio do firmamento dos dias e trazer de volta as folhas em branco das realizações definitivas.

(Ilustração: ChatGPT).

Nenhum comentário:

Postar um comentário