Ainda mais estranho do que possa significar, no entanto seguem-se vidas e vidas, seres em si na busca da sofreguidão. Entes amorfos, dotados de razões inesgotáveis, suspensos à beira dos abismos da mais profunda imensidão. Interrogações abertas aos sóis, viajam no Tempo cercados de todo segredo, esses daqui, dali, de tantos mundos, afeitos que foram por demais a ser assim e nem de longe querer diminuir o crivo de procurar pelos oceanos das tantas horas. Isso de existir pede, pois, respostas adormecidas no seio da ansiedade, por vezes angústia, longos itinerários de infinitas exaustões e laços sem conta.
Ver-se, contudo, marcas deixadas pela vastidão dos delírios,
a mostrar o quanto houve de aventurar na realidade e nos sonhos. Entretanto
persistem as dúvidas lá dos inícios, das vezes demonstradas em prosa e verso
nos campos de batalha e nas catacumbas do abandono de uma raça esquisita. Bem
que se devesse encontrar essa exatidão matemática dos hemisférios, e até então
nada de concreto antepuseram à mesa dos contentes.
Depois, a agitação do desejo em forma de luzes e metais
circula desarvorada pelas estradas e ruas, a multiplicar as dúvidas originais,
agora noutro afã, numa exaustão de largos precipícios pelo decote das serras em
madrugadas imensas, desse o enigma que percorre os mesmos heróis de
antigamente, desta feita munidos de instrumentos atuais, outrossim tão poderosos
e de igual intensidade. Superpõem fervores sobre as criaturas e destroem
monumentos a perder de vista o ímpeto doce de crer nos melhores dias de há séculos,
vistas as cabeças enfurecidas pela sanha da perdição deles, os tais donatários
da fama e do poder.
Nas almas, entretanto, fervilham os amores de maiores
festas, do tempo em que ver-se-á de vez a concretude aqui herdada dos místicos
verdadeiros e suas histórias de sabor inigualável.
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