Esse viver de faz de conta... Somatório imenso às vésperas de ser exato, agora, no entanto, meros simulacros de si mesmos. Num esforço imaginário, contorcem nos ares a ânsia do encontro definitivo nalgum instante, nalgum lugar. Nisso, expendam a necessidade vazia pelos meios ao dispor, artesões da procura em gestos de pura solidão, experimentos, pois.
Bem ao modo romântico das tantas luas a percorrer os céus,
aventuram a sorte nos cassinos adrede criados nas próprias aventuras, e seguem
o previsto no desafio da exatidão, partes e um todo só ao âmbito da improvisação.
Enquanto isso, no caldeirão aceso da humanidade, desvendam
os segredos e os digerem na velocidade monótona dos dias que vão. Protagonistas
dos mesmos dramas da multidão inteira, um e todos embaralham cartas e
sobrevivem no gosto único de estar aqui, sem, contudo, estabelecer padrões
inevitáveis, eternos improvisadores de sonhos que o são. Do jeito das palavras
donde nascem os desejos, assim inteiram o percurso das histórias incertas aos
seus olhos indagativos. Padecem os traços da existência no rascunho de quem
jamais sustentara credos e dogmas, apenas migalhas dessa exatidão que lhes
aguarda lá depois do trilho, nas ficções do que foram criados certa feita nos
inícios.
Pessoa a pessoa, formam esse contraste das espécies e
insistem saber aquilo de que ainda não têm, de verdade, a certeza plena. Mitigam
noites e dias as aventuras de que sejam seus autores e heróis, isto sob o crivo
da improvisação dos papeis estabelecidos. Explicam a todos o que nem de longe
pudessem compreender. Daí vêm os nomes escritos no teto das alturas, do quanto
devem encenar, porém desfeitos em pedaços, atirados ao sol do Infinito, cientes
dessa incerteza tanta e senhores do anonimato.
Esse contingente parcial, entretanto, perdura no diálogo
consigo até lá em um tempo relativo, sumindo nas dobras dos caminhos e impondo
as antigas condições dos primeiros quando chegaram aqui, na sequência
inevitável do que virá na consciência em aberto.
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