São as leis da Natureza a favor da preservação das espécies. Um animal fora do rebanho adquire atitudes só parciais de resposta à ausência do grupo. Isto significa acomodações transitórias e sinais dos desaparecimentos posteriores. O que Henri Bergson denomina de eu social tem esse tal caráter, fator de rendição ao processo natural de continuar a existência. Perante as escolas da sociedade, o ser social encontra energia que lhe indica o percurso diante dos desafios e dos sistemas. Daí os instrumentos da moral, dos costumes, da cultura e das leis. No outro o espelho da própria adequação aos mistérios da existência. Uns que orientam os demais através da comunicação, pela educação e pelas tradições.
Ainda que parecesse menos oneroso viver longe da coletividade, o quanto o grupo social tem a oferecer em termos de benefícios é incomparável. Assim a importância da linguagem, dos relacionamentos, da convivência, disso ultrapassando os desgastes das desigualdades e dos conflitos.
Ninguém é uma ilha nesse mar de sargaços da natureza. Mesmo transitoriamente fadado a isolamentos parciais, a ânsia do regresso perpassa todas as qualidades humanas durante todo tempo, sujeitando prejuízos face às guerras e suas consequências, no detrimento das nações e das famílias. Há que começar tudo outra vez, noutros lugares, noutras civilizações. Nisto, o sagrado das relações sociais e da necessidade da propagação da riqueza entre povos e países.
(Ilustração: Hieronymus Bosch, em O jardim das delícias terrenas).
Certíssimo em sua colocação. Nenhum homem pode viver isolado do convívio social. Como bem disse você , em se isolando feito água, ou estagna ou evapora. Ainda bem que você não tem este perfil, você é uma pessoa com muita empatia e grande capacidade de agregar pessoas. E o que mais destaco é que sua forma de ser, de fácil acesso, atrai as pessoas, amigos e seguidores. Também por isso muito lhe admiro.
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