Numa manhã, fomos avisados de que, na Praça da Sé, nas escavações que realizavam, fora encontrada uma igaçaba, peça que os indígenas adotaram a fim de sepultar os seus mortos. Então, logo no intervalo das aulas, juntamente com outros colegas, nos dirigimos ao local.
Os operários haviam localizado essa raridade na esquina da praça, início da Rua Senador Pompeu, defronte ao prédio onde funcionava, no primeiro pavimento, a Prefeitura Municipal, e no térreo a Delegacia e a Cadeia Pública. Vimos os restos daquele pote rústico de cerâmica, redondo, enegrecido pelo tempo de ter ficado debaixo da terra, o qual, no decorrer das escavações, se vira danificado em sua parte superior pela ação dos trabalhadores ao fazer as valas destinadas aos canos da futura instalação hidráulica.
Aqueles cacos de restaram ainda os pude avistar, noutra oportunidade, entre peças que compunham o acervo do Museu Histórico do Crato. Descoberta do passado histórico da Região, tais elementos oferecem meios, inclusive, de estudos mais acurados quanto à herança deixada pelos anteriores habitantes do lugar. Hoje, através da datação por meio de carbono, há como constatar importantes dados de pesquisa quanto às origens dos povos que viveram neste setor da Civilização.
Deveras impressionante o que vimos naquela ocasião. Chamou a atenção dos populares, que formaram grupos em volta das escavações. Ficamos admirados diante das tais relíquias históricas, e ainda hoje lembro com facilidade o momento em que isto aconteceu.
Curiosa a sua oportunidade de vê de perto os restos dos objetos indígenas. Provavelmente seja de o Cariri o berço indígena da tribo Cariri. Parabéns Emerson pelas suas descobertas culturais.
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