O de que mais precisa a sociedade são as atenções diante dos gestos de amizade e carinho, vistos os tantos desentendimentos em forma de crimes e guerras espalhados pelos países e raças, religiões e partidos políticos. Ninguém mais dedica esse quase nada aos outros sem querer algo em troca, os chamados benefícios sociais. As eleições servem de amostra desse comportamento. Raros líderes verdadeiros surgiram nesses tempos bicudos. Ao planejar uma campanha eleitoral o primeiro item são recursos arrecadados para investir, gerando isso feridas morais absurdas, que contaminam o corpo social, quais jamais previstas ou aceitas no bom sentido da paz coletiva.
A gratidão, o reconhecimento, instintos naturais do equilíbrio e da justiça, bem que podem curar danos deixados pela competitividade selvagem que ora parece dominar as instituições. Crise sem precedentes exige posições coerentes de todos, sobremodo daqueles voltados aos sonhos da Paz, preservação das famílias, trabalho, prosperidade, esperançosos dos novos tempos que aguardam nossos filhos e netos.
O dia a dia mostra esse quadro desalentador com vistas a suprir as carências da fase histórica de insegurança geral e ganância dos dirigentes da máquina pública. A desunião ocasionada pela complexidade moderna segrega as pessoas aos guetos de lutas individuais. A doença do isolamento já apresenta a face dos cidadãos quais seres distantes uns dos outros, presos às ferragens dos automóveis ou encaixados nos cubículos de cimento, prisioneiros no tabuleiro dos jogos de poder das massas. Horas de repouso ficaram restritas aos condicionamentos, preocupações e gestos neuróticos manipulados por máquinas frias.
Nunca antes quanto agora houve tamanha necessidade dos sentimentos verdadeiros, honestos, autênticos, razão da sobrevivência dos valores obtidos a pretexto de evoluir, que justificaram os compêndios da tão esperada civilização.
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