Em 11 de abril de 2007, na cidade de Nova York, morria o escritor norte-americano Kurt Vonnegut. De origem alemã, Vonnegut representa para a literatura americana autor rico de imaginação, cruzando pelo território da ficção científica de ampla aceitação, sobretudo no seio da juventude mundial no decorrer dos anos 70.
Ferrenho pacifista, viveu de perto o drama da Segunda Guerra Mundial, na Europa, quando, inclusive, preso viu-se recolhido a uma galeria improvisada em um matadouro em Dresden, durante o período final da conflagração.
Por esse motivo, testemunhou, junto de alguns outros soldados prisioneiros, na própria pele, o bombardeio de toneladas de bombas dos Aliados à Alemanha, servindo de inspiração para o seu primeiro livro Matadouro 5, sucesso nos tempos bélicos da Guerra do Vietnam, em 1969.
O seu modo peculiar de escrever envolve severas críticas à democracia estadunidense, que não deseja aos outros aquilo que quer para si, pondo por terra toda a mística de salvadores do mundo forjada por ocasião dos combates a Hitler e sua ideologia de dominação, à época da Segunda Guerra.
Aos 84 anos, Kurt Vonnegut consagrou-se perante os tempos modernos em face do jeito humorado, satírico e engajado nos principais problemas de sua época. Nascido em Indianápolis, Estado de Indiana, em 11 de novembro de 1922, trabalhou como jornalista e graduou-se em antropologia.
Seus livros, a maioria romances, denunciam com sofreguidão as guerras e as ditaduras.
Eis uma lista breve de seus livros publicados no Brasil e que bem merecem leitura por parte de quem aprecia a literatura engajada com os dramas da civilização destes tempos difíceis do capitalismo ocidental: Matadouro 5, Ardil 22, Um homem sem pátria, Destinos piores que a morte, Hocus-Pocus, A cama de gato, Breakfast dos campeões e Timequake - Tremor de tempo. Pelo menos duas dessas obras constituíram argumentos cinematográficos de largo êxito mundial.
Dentre suas tiradas irônicas, cabe aqui um exemplo, a saber: Humanista é uma pessoa com grande interesse pelos seres humanos. Meu cachorro é humanista.
Em 2003, pronunciou-se contrário à invasão dos americanos e ingleses ao Iraque.
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