Bom, diante disso, no entanto, há de haver meios de reconstituir o quadro dramático das luas que transcorreram na caminhada, recursos nascidos da esperança de construir o itinerário através de sentimentos essenciais dos espíritos em crescimento. Escapar das lamas do inferno. Dar um basta naquilo que foi sem perder a condição de continuar sendo pelos infinitos da galáxia. Recorrer aos contadores de conchas mágicas nas praias siderais. Prever um novo destino aos vilões que somos. Alimentar sonhos de percurso atual e completar o caminho antes do Paraíso desaparecer da imaginação, da reconquista.
Que houve um tempo de inocência jamais esconderia, porquanto a maldade surgiu depois quando a preguiça de fazer o bem mexeu nas entranhas dos elementos humanos, nas horas do prazer a quaisquer preços ou limites, do apetite voraz degradante da ambição tomar conta do eu... E aqueles entes vindos ainda alegres, felizes, ingênuos, quais exilados de festas, e passaram a percorrer vistas grossas pelo outro lado da muralha, olhos presos das sombras. Ali perdiam a força original da existência, caiam do equilíbrio e jogavam fora a leveza da vontade pura em favor das facilidades, esquecidos do bem maior de todos.
Hoje sigo assim tal zumbi à busca da luz do Sol das almas, que clareia as alvoradas de paz e verdade, bem diferente das vendidas ilusões, sangue provável da vitória na persistência.
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