Na sequência natural das ações de cumprir a sobrevivência que transporta o dever carrega qual destino, o cérebro trabalha vazio de si mesmo qual Sísifo a empurrar, ladeira acima, a pedra dos dias. Dias áridos de escritório e máquinas, avassaladores momentos da coragem que conduz, satisfeito só nas horas certas da alimentação da matéria prima do sustento desse território gélido de emoções, a processar planos e estratégias de confrontar perguntas e oferecer respostas inadiáveis de nutrir, reinventar as vontades solitárias do caminho, longo berço estirado aos seus pés até o sepulcro.
Nisso, a natureza desenvolve os sonhos ao cérebro, nas horas mortas do sono, quando ele aclama a lida e repousa noutros níveis de pulsação, revendo as lembranças do que passou e explorando territórios misteriosos da sombra, lugares de que tanto ouviu falar, mas desconhecerá bem cedo na rotina lá fora quando revestirá a máscara no movimentar da gente, condenado ao esquecimento. Trabalha aventureiros esses lugares da arte, concessão que recebe de brinde na ração das madrugadas, pacotes que desconhecerá tão logo amanheça o dia e a intensidade da luz do Sol penetrar as fibras da carne e acordar o corpo que pertence aos dois, enquanto o outro passeia nas estrelas.
Desse jeito, vivendo bem perto de si no seu vizinho do lado, longe e perto ao mesmo tempo, ambos trabalham as experiências de tocar adiante a busca de sentido que servirá a ele e ao senhor do sonho, que os faz manter a caminhada dos sentidos, da mente e das certezas certas das vidas.
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