Os elementais, entes hoje invisíveis ao homem, sempre cuidaram melhor deste paraíso, zelando pela sua beleza, como artesãos inspirados nos tantos ramos da Criação. Foram eles os primeiros ecologistas (palavra tão na moda e ao mesmo tempo tão fora de moda) e poucos se lembram deles, nas manifestações românticas de ruas e praças, nesses atuais países ricos, fumacentos. Nenhuma faixa, nenhum cartaz, nenhum hino de louvor. Os colonizadores arrasaram minérios e raças tradicionais, malversando as provisões do futuro.
Os homens se transformaram nos piores predadores da boa saúde planetária. Exemplos de civilização coerente no trato das coisas naturais ainda agora não se acham, no decorrer das eras. Contam os livros que há pouco menos de trezentos anos um macaco podia, se pretendesse, viajar de Portugal à Dinamarca sem pisar no chão, tocando apenas na folhagem das árvores vistosas, numa Europa recamada de lindas florestas, os bem cuidados campos do Senhor.
Esses elementais, seres encantados de que se têm notícias no folclore e nos contos de fadas, são responsáveis diretos pelas condições básicas da existência na face da Terra. Zelam pelo vento, plantas, rios, mares, oceanos, bosques, flores, montanhas, lagos, pelo fogo, pela água, pelas sementes; pelos fenômenos mais diversos do sistema universal; os gnomos, os silfos, as salamandras, as ninfas, as nereidas, os elfos, duendes; inúmeros registros deles se acham nas lendas dos povos; todos formam o grande exército de amor, na preservação do Equilíbrio Universal.
Quem sabe se um dia não deixaremos de falar desses assuntos de crise e tudo correrá, de novo, com antes já foi, no seio harmonioso do Silêncio e da Paz, onde viveremos conforme indicar o Poder Superior, humanos e divinos, dentro de sonho bom e espiritual?
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