Há de levar em frente o fugidio que nos escapa entre os dedos da persistência, pois enigma valente observa os que transitam nos meio dos passantes. Trastejar seria fatal. Os olhos acesos da esfinge feroz, do senhor Tempo, analisam de modo clínico cada traço da dança de quem pisa o palco, e nisso amola os dentes infalíveis da cronologia, parindo e devorando seus próprios filhos, o Cronos da antiga mitologia grega.
As criaturas vivem um, dois tempos, no máximo três, e regressam aos mistérios do invisível, aos braços carinhosos da mãe Eternidade, atentos no antes e esperanças depositadas no depois.
Entretanto, bem desse jeito, chegam às interpretações e ao sentido de existir. Nos primeiros registros, vieram mitologias. Os povos contavam de imaginação mistérios, criando as religiões primitivas. Até que um dia esse uso reuniu as concepções existentes na forma das filosofias. Outro treno de histórias e hoje se trabalha à luz da ciência racional, contudo só no tatear das pedras nas muralhas de uma definitiva compreensão.
Ninguém aguentaria toda a luz da Consciência de vez, por isso tamanha necessidade dos degraus do conhecimento. Passo a passo, e subimos os pousos elevados da montanha, quando divisaremos o vale inteiro da pura verdade absoluta.
Enquanto isto, preservar a energia original significará norma de sabedoria, razão de calma essencial que representa saúde e força de tocar o projeto exclusivo que somos nós, seres inteligentes da Criação. Nada de excessos no desespero, na desistência, ou medos pecaminosos por causa de precisar muito da perfeição do Amor que vem logo ali a caminho.
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