terça-feira, 23 de abril de 2013

A consciência alimentar


Na nossa civilização do lucro a qualquer preço, existe uma máquina, que funciona de carga toda, em busca e manutenção de consumidores alienados, aonde quer que cheguem, costume desenfreado que denominaram marketing, ou a ciência do mercado.

Essa prática fria explode e rasga os olhos em todo quadrante, por vezes não considerando os valores comezinhos da ética mais elementar.

Vender, vender, vender, eis a palavra de ordem, repetida até na exaustão, ou nas doenças e na morte dos desavisados compradores compulsivos, aqueles mesmos cidadãos comuns em demanda dos seus inalienáveis direitos à tortura.

No que concerne aos produtos próprios do lazer, a coisa passa dos mesmos limites e prejudica o bolso e o tempo gasto no seu uso. Porém quanto à alimentação cidadã, os danos crescem cada ano por dentro do organismo do freguês e consequências invadem o prazer da vida, e entornam o bem-estar, a saúde indispensável e o estrago se completa no desaparecimento do valor maior da existência.

Fala-se de boca cheia no conhecimento qual gênero de primeira necessidade, porque dele vem o discernimento, isto é, a capacidade administrativa de selecionar o que se precisa, no caso do alimento que nutrirá o corpo.

Escolher alimentos sadios, quais verduras sem agrotóxicos, lacticínios sem aditivos químicos, cereais integrais, açúcares menos tóxicos, frutas da estação, produtos não genéricos, e usá-los nas proporções ideais a se sentir nutrido longe da saturação, numa digestão certa, dar-se-á como hábitos fundamentais de saúde em corpo sempre disponível e livre de doenças. A prática médica pessoal e preventiva de primeira hora ausenta dos atropelos da obesidade, mal crônico, sobretudo nos países ricos e consumistas.

Portanto, inúmeros achaques físicos e psíquicos serão abafados logo no nascedouro, quando adotados mínimos cuidados alimentares, simples e corretos, enquanto estudos da ciência desenvolvem novas orientações saneadoras da fome industrial, em vigilância aos excessos da fome comercial que avassala meios de comunicação de massa em forma de publicidade enganadora.

A consciência alimentar, por isso, minimizará muitas dores nos que a adotam por método seletivo qual norma de boa conduta pessoal e maior sabedoria. Melhor prevenir do que só remediar.

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