Existe um poema
inglês, de Rudyard Kipling, denominado Se
que traz algumas considerações a respeito da vida e suas experiências extremas
e dolorosas, a fim de indicar a essência principal das aulas necessárias à
personalidade dos fortes que defrontam a realidade e nisso recolhem a melhor
parte: Se
consegues constringir o teu coração, /nervos e força / para te
servirem na tua vez / já depois de não existirem, e aguentares / quando
já nada tens em ti / a não ser a vontade que te diz: Aguenta-te!
E o poeta
descreve as agruras dos limites dessas tempestades morais, a lembrar vicissitudes
próximas da caminhada de Jesus ao deparar as ingratidões dos adversários da Luz
nas vésperas do sacrifício da Cruz, e antes fora contado entre os malfeitores,
no Monte das Oliveiras. Daí, chorou lágrimas de puro sangue.
Nessas
horas críticas de dor, que impõem marcas profundas naqueles que as passam rumo
ao aprimoramento espiritual, desencanto da natureza carnal, ninguém queira
tapete mágico na busca da Salvação, porquanto de nada aprenderia do desencanto
dos prazeres e vaidades deste chão.
Deus ama os homens
caídos diante da dor, vez vítimas da própria incúria, a descerem às masmorras
da ingratidão dos milênios. A longa estrada inutiliza a soberba e o ímpeto da mesma
queda. São testes que a história obriga de fazer das almas os restos de
esperança de vidas inteiras.
No passo, ninguém se
vanglorie das certezas incertas do futuro, sobretudo quando descuidaram no
plantio das boas ações e palavras de crescimento a si e aos outros. Dizem os
sábios que o conhecimento só chega pela Dor ou pelo Amor, o que condiciona
evoluir diante de todas as vivências humanas sem exceção.
De um autor clássico
da pátria portuguesa, Francisco Otaviano, eis em poema célebre (Ilusões da vida) o presente de tantas
antologias escolares, na tal verdade ganha corpo:
Quem
passou pela vida em branca nuvem, / E em plácido repouso adormeceu; / Quem não
sentiu o frio da desgraça, / Quem passou pela vida e não sofreu; / Foi espectro
de homem, não foi homem, / Só passou pela vida, não viveu.
Poucos sobreviveriam aos impactos do confronto desses
obstáculos definidores inexistisse a força interior da Fé e do maior Amor, que
houve de considerar os religiosos na nomenclatura de o Poder de Deus que a tudo
norteia em busca da Eterna Felicidade.
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