quarta-feira, 24 de abril de 2013

Somos o que praticamos


No frigir de tudo, nossa cara reflete em cheio aquilo que somos, livres, pois, de querer levar na conversa os demais membros do grupo, qual querer passar tangerina por melancia. Na fase das imagens de laboratório dos agoras industriais, a tradição dos atos pesa além de quaisquer detalhes, face de a realidade prevalecer antes do que a propaganda dourar diferente do que se é na essência. Sobram famosos de fancaria, isso de pessoas ou coisas sem autenticidade, tipos vendilhões que enganariam, caso possível, até as próprias consciências doloridas e as sombras que projetam nas noites silenciosas da injúria. Vitrines das latarias entulham corredores de fama dos trastes artificiais que enfeiam as telas de led desse mercado persa chinês de hoje.

Ainda assim, no entanto, na cara do protagonista, prevalecem os acontecimentos que produzem e plantam. Pois as bestas feras agem que nem besta fera, ainda que diante dos palcos mais sofisticados. Então pintam a fisionomia das tintas acrílicas caras, no entanto fora dos propósitos, porquanto desconfiam das atitudes pessoais, sem admitir que rezem na cartilha postiça do faz de conta.

Podem até escovar os dentes, usar perfume francês de qualidade, andar em limusines último tipo, trajar paletós trazidos de Miami, falar fino inglês, conquanto besta fera que entra e sai, e revela a natureza de besta fera logo conhecida dos outros, devido a insistência do rabo aparecer quando menos esperam.

O travo na língua pesa quando fingem exigir mágicas sofisticadas a fim de apresentar fisionomias que destruam a imagem que vem de dentro, das criaturas aquelas de espécie buliçosa, sempre disposta a vender gato por lebre da verdade que mora dentro. Corações de bichos cruéis espalhados nas veredas dos noticiários de plantão.

Esses dias mesmos, ih!, que dói de doer saber das histórias daquilo que acontece dentro das criaturas desse chão, nos tais corações endurecidos.

Aqui somos o que praticamos a todo instante, orgulhosos ou humildes, porém retratos fiéis que revelam que trazemos íntima personalidade inevitável.    

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