Desses que rodeiam o mundo ao calor das tardes ensolaradas e ferem de vontade o gosto de contar as histórias inéditas do cotidiano; ver as palavras se sucederam quais bichos esquisitos e sumiram no azul dos céus. De quando tudo acontece e quase nada parecer guardado nas margens deste rio, isso numa velocidade a bem dizer imperceptível, que, no entanto, devora os acontecimentos pelos dentes do mistério inevitável. No sítio das vontades o abismo se reveste de tantos afazeres, de antes, e brisa suave parece dizer muito mais daquilo que grita no silêncio, nessa imensidão do quanto anda em volta.
Ali estejam, pois, detalhes sem conta, os tais senhores da
liberdade tão só contemplativos ao ritmo do Tempo, criaturas quase
inexistentes. Nisso, vem o instinto de sonhar acordado e permanecer de olhos fixos
na ausência constante e devoradora. Multidão inteira de quais seres minúsculos,
porém, transforma em ruídos mecânicos as horas e desfazem caprichosamente, na
força bruta, o que ainda restava nos transforma pouco a pouco imperceptíveis.
Face ao lastro imenso de solidão, conduzem seus barcos rumo
ao desconhecido e aceitam de bom grado viver assim. Sei que alimentam virtudes
e as fazem crescem copiosamente. Superam desejos e os transformam em fome de
viver. Criam, sobrevivem, destroem, construindo logo em seguida, a destruir
outras vezes. Talvez cruzem, certa feita, o Infinito e faça dele pequenos
instrumentos de sopro. Refaçam novos filmes daqueles que viram lá antigamente.
Sustentem o impacto das eras no próprio peito e suspirem fundo, a todo momento,
na certeza de seguir a Estrala da Manhã.
Nesse vaivém da sorte, pois, a isto vieram e agora acreditem,
além do que nunca, nas verdades que os alimentaram desde sempre. Sim, imbatíveis
heróis do firmamento, autores de obras monumentais, astros e estrelas de
películas inesquecíveis. Quanto penhor isto de permanecer intactos perante
dores e desafios, outrossim cobertos de andrajos e glórias, mas sementes de uma
consciência pura, lá um dia.
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